A apropriação de materiais de descarte e reciclo assume uma nova ordem nesta linha concebida a partir de embalagens plásticas ‘brutas’ e estrutura de madeira de pallet. Reorganizados, os objetos proporcionam para o observador e para o usuário um outro tipo de relação: plástica, fluída, um outro viés utilitário. A cidade de São Paulo têm aproximadamente 20 mil catadores de material reaproveitável, muitos deles organizados em cooperativas. Na COOPAMARE, a maior e mais antiga da cidade, são recicladas em média 300 toneladas/mês de resíduos sólidos. E é deste cenário, ícone da degradação urbana e do crescimento econômico, que deriva uma a proposta de agregação de formas e proporções, em composições únicas, da qual emana luz.
COPYLEFT O selo copyleft das peças tem como objetivo “criar as condições mais favoráveis para que mais pessoas se sintam livres para contribuir com melhoramentos e alterações a essa obra, num processo continuado”. Ao contrário de um compromisso de pagamento pelos direitos autorais pela reprodução de um determinado objeto ou obra, o selo copyleft permite a apropriação da proposta criativa original. Aqui, o objetivo do selo é democratizar o conhecimento e o acesso ao design, permitindo a continuidade do processo criativo e seu aprimoramento.
Fotos arandelas: Felipe Morozini / Fotos lustre: Victor Affaro